terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Contínuo e Repetido

O simbolismo do ano novo traz consigo a ideia, esperança e otimismo que tudo será novo, diferente e melhor do que o ano que se passou. Gostaria que isso fosse verdade, que o "ano velho" que se foi zerasse as responsabilidades, deveres e objetivos não alcançados.

Objetivos não alcançados são como os sonhos que ao acordar não nos lembramos, sonhos bons ou ruins que só o que restaram foram os olhos cansados, boca amarga e cabelos bagunçados.
O ano novo vem com o dever de ser melhor, infinatamente repleto de realizações e sucesso. Mas a vida é cruel e continua, você continua a morrer aos poucos, continua a trabalhar da mesma forma, com a mesma motivação ou desmotivação. Porém se sente como novo já que o ano também é novo, os objetivos também são novos, gostaria de me sentir assim também, acho que os três kilos a mais devido à toda essa festividade infiel me cria um novo objetivo, é um objetivo de curto prazo que me move e faz com que os dias sejam menos chatos, cansativos. Já que na verdade os dias são os mesmos desde o ano passado, na verdade os dias são os mesmos desde o dia que nasci.
Nascer, sobreviver, sentar, andar, falar, estudar e estudar, trabalhar, procriar, trabalhar, envelhecer, cansar e "descansar".
Constante, sempre novo, nunca novo. Repetitivo, criativo, abstrato, confuso......

Acrodar, lembrar dos sonhos sejam eles coloridos ou incolores.


2011, uma nova década para um ano novo. Espero que surjam no mínimo bandas novas boas para adorar.


Beijos.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

31 é mais 40 que 20

Eu voltei prá aridez.
Metade da minha vida é assim e para a translação que se inicia está decidido: meu riso será uma fenda escavada no chão.
O cabelo é outro, uma mistura de muitas coisas que fui, resultando num novo e “apropriado” rosto que aparece na janela do albergue que sou.
O aniversário chega, e eu sou cada vez mais minha, no meu tempo me ganhando lentamente, segundo após segundo, 31 anos.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Segundo dia do ano, o primeiro sozinho, o primeiro de muitos.
A grama do vizinho continua mais verde... as outras namoradas sao doces, lindas, decoradoras natas, nao reclamam nunca, sorriso colgate.
As maes santas, as irmas anjos.
Eu sozinho...
Já sei que faco muita coisa errada, se fosse esperto também nao reclamaria.

Mas já que é sozinho mesmo, me deixem em paz!