sexta-feira, 31 de julho de 2009

Mais leve que o ar


Helio, Hidrogênio, Henri.

Voando, planando, flutuando, piruetas loucas, traçado ao léu.

Eu tenho um mundo interior, onde povôo nuvens e sonho com o dia em que terei os pés no chão... ponta-cabeça.

Por que será que necessito de um mundo só meu?

E nesse cosmo não sou presidente, ditador, imperador ou profeta. Sou o faroleiro.

Ilumino o caminho do porvir. E a única certeza é de que tudo é incerto. Mas aqui estou eu, alma do farol, a lembraça de que é só apontar prá luz e remar.

A gente sempre chega a algum lugar, depois que caminha bastante. O importante é saber aonde se quer chegar... e isso quem disse não fui eu, foi o gato de Cheshire, e não foi prá mim, foi prá Alice, que seguia o coelho, como a um farol.

Às vezes a luz no fim do túnel não é mais nada além de um trem. Uma simples "variável aleatória": a de entrar no vagão certo, é agora ou nunca, os vagões não se repetem.

Sorte tem aquelas pessoas que podem mudar os trilhos... embora algumas não achem que isso seja tão legal quando o sol está a pino.

Telas, teclas... quero cheiro e gosto. Quero muito.

Com licença, vou dar uma espiada prá ver o que está acontecendo do lado de fora... lá, onde o mundo não gira em linhas tortas, onde todos estão a 23,5º, eu prometo que não vou ficar em casa, sentindo uma “raiva média”.

Eu vou gastar a vida.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Os dias e as noites!

Tudo se confunde quando a segunda e o domingo são a mesma coisa, quando a saudades e a distância estão em comum acordo para transtornar nossas mentes, quando os convites e oportunidades da vida são meras coencidências de um destino pré estabelecido, os dias tornam-se lentos ou fascinantemente rápidos as anciedades são apresentadas como um soco que corta o rosto dos desavisados e despreparados.

O trabalho parece o de sempre, a volta para "casa" é a mesma de todos os dias, as compras são as mesmas, os restaurantes os mesmos, a rotina sem rotina é algo incomodo, nos faz pensar se o mundo é tão repetitivo assim mesmo ou é só mais uma regra assim como 24 horas são as bases entre o passado, presente e futuro. Acho que a cada volta diz exatamente o que tem que ser feito quando naquele exato momento você abre o olho e percebe que mais uma vez você está ali, naquele lugar do qual você deitou no dia anterior. É uma nova oportunidade de inovar, de ser raro e especial, seja intrinseca ou seja explicida. Todos somos especiais, nem sempre pra todos ou pro mundo, mas pra certas pessoas em particular nós somos, sinto e vejo isso nas pessoas que são especiais pra mim, vejo que sou especial pra outras tbm.

Acho que estou confusa já, era um desabafo de que ando meio cansada da vida sem rotina, sem abraços, sem beijos babados, talvez esteja ficando louca por querer algo que todo mundo foge, talvez tenha que correr do leste para o oeste para descubrir mais coisas. O sereno a noite esta me fazendo pensar d+, acho que é pq sempre ouvi de uma velhinha sabia para não tomar friage, uns a chamam de sargento, outros de Lurdes, mas acho que no fim de tudo ela sempre tem razão!

Bjos!

terça-feira, 14 de julho de 2009

eu nao sei a maioria das coisas

Eu só queria saber qual a probabilidade de cada coisa. Esse ofício de querer saber tudo deve ser a centelha de Prometeu faiscando dentro de mim.
Qual a probabilidade de tsunamis, do brotar de uma semente, conjugar corretamente os verbos em espanhol, combinações perfeitas entre sabores de sorvete, de cair em um buraco, ganhar na megasena, morrer num ataque terrorista, de tropeçar no ar...
Ahhh triste sina de viver em voz alta.

Entre dormir e sonhar

As coisas queira vc, queira eu ou ele, ou nao queira ninguém, foram marcadas com fogo, na época onde o tempo nao era contado.
As vezes eu preciso de uma só letra.
Um símbolo, um signo e meus significados. Entao tudo faz sentido. E quando nao estao, tudo é saudade. Saudade do tipo que dói mais: das coisas que nunca existiram.

As nuvens sao um presságio, em um lugar onde nunca chove... elas sonham ser rio, ser lago... o desejo do seu DNA nuvem, que sabe de onde veio e passa a vida toda sonhando em voltar para lá.
Nao basta flutuar, ser cumulus, nimbus, cirrus, stratus, brancura que assimila a forma das idéias aleatórias, as vezes nada basta.
Hoje só o desejo de cair. Em queda, livre!
Esparramar, molhar, ser absorvido.
Mas nao vai acontecer, nao hoje.
Presságio do que nao vai acontecer, falsa profecia com o intuito de semear esperanca, no vao deserto.
As vontades continuam rio e os desejos se retorcem tempestade.

domingo, 5 de julho de 2009

Verdades!

Poderíamos ser heróis, heróis por pelo menos um dia, seria bom, nadar como os golfinhos, voar, correr, visitar pessoas que estão longe, poderíamos ser humanos também ou seriamos dançarinos?
Poderíamos ser guardiões cegos de fronteiras sem destino, sermos no fim nós mesmos, encontrarmos as conexões que existem entre nós mesmos, as conexões com o mundo externo, marido, namorado, família já estão estabelecidas sejam elas por imposição, comodidade ou amor entre os relacionados, mas agora a conexão entre você consigo mesmo que é o grande problema, existe razão para estarmos aqui? Dançando ou não? Fazendo as coisas que fazemos de forma “pensada”, “calculada”?
Temos que saber o que somos e o que queremos e botar pra quebrar.

Pego me pensando na vida todas as manhãs no momento que vou me maquiar, lembro dos alienígenas no momento exato que passo os lápis nos olhos, todo esse contorno me lembra que ele tem essa característica de olhos grandes, é um dos momentos mais reais, sei exatamente o que é bonito e o que não é visto pelo meu olhar critico e sincero instantâneo. É como se eu passeasse de helicóptero sobre meu rosto, toda aquela vista panorâmica me remete aos momentos mais particulares possíveis, mas já é hora de sair, dançando, pensando, sendo sinceros, mentindo e por fim sobrevivendo a gente segue dia após dia até que o dia seguinte não chegue mais.


Beijos!