Hoje, de repente entendo o que nomeiam amor de verão.
Tantos versos, melodias e rimas inspirados nesse amor ardente, fadado e lírico em sua própria finitude.
Seu significado não é sazonal, pelo menos não na sazonalidade na Terra. Não é importante para esse amor o eixo de rotação do planeta, nem mesmo a intensidade dos raios solares incidindo na nossa desprotegida e cálida pele.
Não importa o carnaval, férias, nem os dias mais longos e repousados.
Verão interno.
Calor ingênuo e puro.
Perda irreparável, alma inconsolável.
Sabe como eu soube?
De um sonho, um poema, um filme e uma música.
Sonho que não pode ser contado por ser dor solitária dos dias de outono que chegam, das folhas vermelhas que avançam rapidamente no veraneio verdejar da paisagem.
O poema é de Alexander Pope e dá nome ao filme “Brilho Eterno de uma Mente sem lembranças", a música cantada em inglês direto dos lábios argentinos de José Gonzalez (Broken Arrows).
“Feliz é a inocente vestal / Esquecendo-se do mundo e sendo por ele esquecida / Brilho eterno de uma mente sem lembranças / Toda prece é ouvida, toda graça se alcança” Alexander Pope
A Terra gira e abençoados são os que esquecem. Mentes imaculadas e corações resguardados, que não são assombrados por lembranças do que um dia foi e nunca mais será.
Broken Arrows
"The sun went down
And with it the love we found
That's the way things are sometimes
Most of the time"
:D
ResponderExcluirMeu comentário sugere algo deveria acabar junto com o carnaval. Mas o Brasil não vive só de UM ÚNICO carnaval....