sexta-feira, 17 de abril de 2009

Resistir ou se render? Na verdade não há duas opções nessa pergunta capciosa.

Era uma sexta-feira à noite.

E ela ainda não tinha acordado, na verdade quase não havia podido dormir na noite anterior. Era um corpo macilento meio inanimado, meio tudo.

O motivo podia ser descrito como o motivo de sempre. Aquele que atende pelo nome da dor de estômago, nome e sobrenome.

Não estava o brilho nos olhos, nem o sorriso de muitos dentes, ainda assim a certeza de que essas coisas nunca lhe deixaram.

Irrita-me esse otimismo dela, sem motivo, essa certeza de que tudo vai ficar bem. Ela não percebe o quanto permite que a tratem mal. Não consegue ser mal educada, escondida eu sei que também não consegue segurar as lágrimas. Doce, ingênua, mirim. Quase Grace da Vila dos Cachorros!

A acidez de seu humor desaparece quando olhamos de perto. É uma menina, ainda.

Acorda! Você sabe que eu não tenho dó, de mim, de você, de ninguém!

Olha em volta, nem Deus tem dó! É a prova de que ele existe e é humano... ele pode destruir os sonhos, como cada um de nós fazemos as vezes.

É a prova de que Ele pode criar tudo, porque nós o criamos! Nossa maior virtude: criamos o criador. Quem é a obra-prima?

Não posso fazer nada. Siga o seu caminho de pedrinhas, de tijolos amarelos.

Se renda ou chegue na cidade de esmeraldas. O que vai ser?

Há coisas que estão gravadas com fogo. E o coração é a verdadeira Fênix. Fogo, cinzas, fumaça.

Era menina.

E amanhã o que será?

Levanta e me conta.

Uma volta por dia como a Terra, amanhã a sexta-feira a noite já passou.

Um comentário:

  1. Olá, olá!

    Curti o seu blog também, garotinho ruivo que agora é cabeça de palha. heheheh adorei isso. Pois eu também por muito tempo fui o garotinho ruivo. Agora sou só o zusé. Curti o texto. Preciso ser mais frequente no meu. Mas é como eu digo lá, só sei ser bissexto. Mantenha contato. Abraço.

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