quinta-feira, 10 de junho de 2010

De novo e de novo

Uma felicidade para chorar ou uma tristeza que me faz rir. Ainda é muito indefinido o que sinto, mas é bom, e isso é uma certeza.
Tudo novo desde o ultimo texto, e ainda que seja Henri, e nada mais que isso, as máscaras caíram.
É uma corrente do pensamento geográfico a ideia de que o ambiente influencia quem somos, ou quem nos tornamos. É isso, não é? Sou bem ignorante dessas coisas: processo, Dedé, função e Zacarias... não me queimem em uma fogueira, eu até concordo com algumas coisas, apenas não posso teorizar sobre isso.
Mas até minha avó, a seu modo, falava desse determinismo: Henri, você tem que frequentar bons lugares meu filho, porque a gente sempre se apaixona pelas pessoas que convivem conosco, e você merece uma boa moça, veja só eu que conheci seu avó no circo. E ela não estava dizendo que ele era um palhaço, na época deles praça, cinema e circo eram as opçoes para paquerar e conhecer a metade da laranja.
E ela tinha razão.
Namoradinha da rua, do cursinho, da faculdade, da pós-graduação, do trabalho...
Sorte de alguns, azar de todos os outros. Esse mundo é muito pequeno.
E eu sigo afirmando, ainda que a afirmação seja dela: o que eu mais aprecio nesse mundo são as oportunidades. Não caem do céu, e as melhores, ainda que na teoria sejam para todos, tem que ralar e merecer para conseguí-las.
Não titubeie. Seja alguém que a criança que você foi um dia teria orgulho. “Coisas” acabam por possuir a nós mesmos. A luta dura o tempo que for necessário e caso você não se lembre já entramos nessa chorando. Nascemos e choramos porque alguém nos fez chorar e assim vai ser toda a sua vida. Que aliás é incrível... sucessões de batidas cardíacas, inspira, expira, sorri, ama e chora. A boneca falante resume muito bem: “a gente nasce, isto é, começa a piscar. Quem pára de piscar, chegou ao fim, morreu. Piscar é abrir e fechar os olhos - viver é isso. É um dorme-e-acorda, dorme-e-acorda, até que dorme e não acorda mais.”
Eu sou tao mais velho que minhas translações, oh minha heranca itabirana, a melancolia crônica e o otimismo descabido. Impossível é uma palavra, e palavras a gente inventa.
Abensonhado sois.

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