sexta-feira, 29 de maio de 2009

De quando as coisas estremeciam só de murmurar o teu nome

O final dessa história de ficção se passa na cidade dele, num quarto de hotel a duas quadras de sua casa.
Era tarde, passava da meia noite, e ele teria que despertar às 4 da manhã. Quinta e última noite do maior tempo que passaram juntos.
Ele apaga a luz, e olha entre a penumbra, escuro, silêncio. Um Eu Te Amo é entoado por uma voz embargada. Ele já tinha dito que não pronunciaria essas três palavras para alguém que não tivesse certeza de que seria a pessoa com quem desejaria passar o resto dos seus dias. O amor em outros idiomas... pode-se dizer que é ainda mais difícil de entender.
Os segundos eternos de silêncio foram rompidos por um sorriso: Você é muito bobo mesmo! Não percebe que não existe outra opção?!? A gente vai ficar junto prá sempre!
Ele se aconchega, e a vida se cala e adormece em um abraço forte, sem palavras, infinito.
As quatro da manhã toca o despertador, ele se ducha, pega sua mochila... na porta do quarto, no corredor de um hotel, se despedem. Ele diz: cuidate mucho!
- A gente vai se ver logo?
Ele não responde e caminha pelo corredor em direção ao elevador.
Nunca mais se viram.
Às vezes ele liga, e isso provoca lágrimas e sonhos.

Nunca se amou tanto como naqueles dias.


Ao som de Tom Petty & The Heartbreakers "Square One"

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